18. 22/05/2016 - Palas Del Rey - Santiago de Compostela

Acordamos cedo conforme a rotina. O tempo está feio lá fora mas, pelo menos, não chove.

Agora são 7:15 e estamos na estrada, destino: Santiago de Compostela!

Depois de 23 Km paramos em Arzua para fazer um lanche.

Um pouco mais adiante o ânimo voltou com força. É que começamos a encontrar os marcos, tradicionais do Caminho, que indicavam a distância que faltava. O primeiro deles: 40Km!

Pedalamos mais um bocado e a alegria começou a chegar, pois estávamos no marco de 15Km!

Daquele ponto achamos que “já estava ganho” … mas, mais uma vez, veio a realidade. Subida, subida, curva, descida, subida … pedra, lama, etc …

No chamado Morro da Glória a vontade era de largar tudo, jogar a bike no mato e os alforges em qualquer riacho e sair gritando … pois nada de chegar a cidade …

Paciência, persistência, e muita força de vontade!

Entramos na cidade e agora era seguir as setas amarelas até nosso destino final: A Catedral de Santiago de Compostela.

Marquei no relógio: 16:30 estávamos na frente da Catedral!

Sete horas, trinta e quatro minutos, cinquenta segundos de movimento. Sessenta e sete mil e quinhentos metros. Mil e cinquenta e quatro metros de elevação … conseguimos … estamos em Santiago de Compostela depois de 13 dias de aventura!

 

Deus Seja Louvado!

Depois de tirar algumas fotos, fomos em busca da Oficina del Peregrino em busca do nosso certificado, da nossa Compostelana. A fila, neste domingo, tinha mais de 50 pessoas. Fomos para o final, mas, com 8 pessoas atendendo, foi relativamente rápido até chegar na nossa vez.

Entregamos os passaportes e pedimos também o certificado de distância que conta 775 quilômetros  desde San Jean, por tilha, até Santiago. Na verdade, diminuindo a viagem de van e adicionando alguns Km de estrada (que é sempre mais longa que a trilha), percorremos aproximadamente 710 mil metros de tilha, estrada, mato ...

Na minha Compostelana acabei, sem querer, fazendo uma homenagem para minha saudosa mãe. O documento foi emitido com meu nome de espanhol que traz no segundo “apelido” o “Angulski” de Dona Selda, filha de poloneses. Fiquei feliz, porque ela foi minha primeira catequista. Era ela que todo domingo, mesmo naqueles dias mais frios de inverno em Lauro Muller, me tirava da cama as 6:00 para ir à missa. O dom da fê que cultivo devo, em grande parte, à ela.